Quando tudo parece esquecido...um simples gesto, uma simples palavra, um simples nada...leva-nos a recordar aquilo que fizemos um esforço por esquecer! Um esforço por compartimentar num qualquer lugar esquecido do sótão!
Porquê Caldeirão? Porque é que tudo na vida tem de ser complicado, difícil e muitas vezes tão sofrido?
Arrumar a casa, implica, quase sempre, dar-mos com aquela gaveta, com aquele baú...e para azar...a chave está mesmo a jeito!
A tentação é grande...abrir, reviver, recordar os bons e maus momentos. Voltar a sofrer como se, ainda agora, tudo tivesse acabado, terminado...para quê?
Acreditar que o melhor já passou, que nunca será tão bom como foi...é fácil! É cómodo! Difícil é perceber que esta porta que se deixa entreaberta é o que nos prende, o que nos mantém e arrasta para tempos que já passaram, que já vivemos!
É hora de acabar de vez, de fechar a porta e de deitar a chave fora, de preferência, borda fora de qualquer veleiro (sim, porque vamos lá ser sinceros...a cena parece-me apropriada e deveras interessante...) porque assim a probabilidade de a encontrar é ínfima!
É hora de olhar para aquela pequena janela que se abriu e nós não percebemos...
É hora de olhar para aquele sorriso que esteve sempre presente e que nem notámos, nem reparámos... tão centrados que estávamos em nós e no nosso umbigo.
É hora de rir, de acreditar...de deixar entrar aqueles raios de sol pela janela, aquela claridade que nos faz vibrar e perceber...HOJE É UM NOVO DIA!
É hora de ser, seres, sermos felizes...
O que dizes Caldeirão? Não arrumes mais o sótão, não procures mais explicações e...deixa lá as teias de aranhas (sim ...porque dessas...fujo eu...), deixa os caixotes (ou lá o que quiseres) bem arrumadinhos e...esquece o sítio (mas nunca desenhes um mapa...isso não é um tesouro!).
Olha à tua volta... vês a janela? É por aí que deves seguir, não olhes nunca para trás...segue em frente porque as lições que tinhas de tirar da vida que vives-te essas seguem sempre contigo...essas fazem parte do teu presente, daquilo que és e do que evoluis-te para chegares aqui! Elas vão ajudar-te a construíres o teu futuro... Mas apenas isso...São lições! Porque a tua grande riqueza, reside em quem tu és e não em quem tu foste! Naquilo que fazes e não naquilo que já fizes-te e, sobretudo na tua magnífica capacidade de acreditar, de confiar, mesmo depois daquilo que já passas-te!
Por isso meu Caldeirão querido... vai!
2 comentários:
Só agora foi possível ver os desafabos da Feiticeira.Tenho andado tão destraido que passaram dias sem abrir o caldeirão,digo o blogue.
Cada vez fico mais " apaixonado" pela feitiçeirinha. Mas não fiquem com ciúmes... Eu sou, mas não sou.Fui e já não sou.A minha "paixão" é inofensiva... mas real... Sou o Anónimo; e ser anónimo, é ser nada...
Já não sei amar... e muito mais uma feiticeira!...
Estou a brincar.... e tu, que me chamas: Anónimo, sabes que as minhas palavras são inofensivas,tais como as balas de Camilo, quando pretendeu matar o lobo, retido no fosso.
Mas gosto de brincar, de decobrir, que por trás da feia - será feia a minha bruxinha?!- há uma alma sublime, encantadora, que ama; mas o Amor dela é tão espiritual, que os pobres mundanos pensam o que não disse,julgam o que não é.
Há almas assim.Há almas tão elevadas que poucos as compreendem. Para as conhecer é preciso ver o que não se vê; descobrir o que não se disse.
O Anónimo - e é tão bom o ser,- vai descobrindo, nesse grande caldeirão, onde a Feiticeira arranca as poções, uma flor bela e ainda desconhecida.
olá anónimo,
já sentia a falta dos teus comentários, pensei que já te tinhas esquecido desta tua aprendiz de feitiçeira! Sê muito bem aparecido!
Bjos
Enviar um comentário