
De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada
De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado
De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido
De que fontes de que águas
De que chão de que horizonte
De que neves de que fráguas
De que sedes de que montes
De que norte de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu feiticeira
Inundar-me de vida.
Luis Represas
1 comentário:
Ai...grande Luís Represas, um sucesso incontornável.
Este poema acenta que nem um chapéu. Estaremos perante o Hino da Feitiçeira ou estaremos a falar dos segredos que muitos de nós todos os dias perguntamos quando aquelas lindas palavras saem do caldeirão? De uma coisa é certa, há muitas coisas que gostava de saber e muitos segredos que gostava de descobrir...
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