sexta-feira, 20 de julho de 2007

Medo...Muito Medo



Tenham medo ...Muito Medo!

Hoje a aprendiz deixou sair do Caldeirão uma poção diferente...Não é Boa nem Má! Só diferente!
Apenas isso!Sei que é estranho, que raramente costumo estar assim...mas hoje apetece-me contar uma história (não daquelas que eu costumo inventar aos "pestinhas")... Uma história sobre alguém...alguém que poderá ou não existir, que poderá ou não ser recordado, conhecido ou mesmo inventado.

Por isso, e como todas as histórias, esta também começa com...

Era uma vez... Num reino muito distante um ilustre cavaleiro que queria conquistar uma bela princesa... Depois de muito fazer, de muito lutar pelo seu amor, o nobre cavaleiro é recompensado!

Neste reino mágico os dois foram felizes...Mas não duraria para sempre! Nada dura para sempre...

E como se uma poção errada tivesse sido feita...

E como se todas as forças do oculto se unissem...como se alguma praga tivesse sido lançada...

O cavaleiro e a princesa deixaram de ser felizes...

O nobre cavaleiro, como se tivesse sido "engolido" por uma nuvem de escuridão transformou-se (ou será revelou-se?)...Onde, este antigo e nobre cavaleiro tocava, logo se transformava em escuridão ... Perdia as cores vivas do arco-íris, ficava negro mais escuro que uma noite sem luar, mais escuro que uma noite de breu...

A sombra do Cavaleiro sobrevoava este, outrora feliz, reino...e, sempre que alguma coisa boa surgia ele reaparecia e transformava-a, contaminava-a com a sua ânsia por poder, por riqueza... a sua mesquinhez, a sua maldade...

A sombra negra espalhava-se contaminando tudo e todos...já ninguém conseguia sorrir, já ninguém conseguia acreditar, já ninguém conseguia sonhar...

O nobre e ilustre cavaleiro era uma sombra, uma miragem daquilo que fora. O rancor, a inveja, a ganância tinham tomado posse daquele coração que todos julgavam tão puro!

Este antigo e nobre cavaleiro não suportava a alegria e a felicidade daqueles que havia abandonado(sim, porque apesar de tudo, a vida tinha momentos de alegria, de felicidade... e, mais uma vez volto a repetir Manuel Alegre: "Mesmo na noite mais triste/em tempo de servidão/há sempre alguém que resiste/há sempre alguém que diz não." ).

Mas ao longe uma luz muito ténue surge no horizonte... Como uma candeia que vem iluminar, orientar, salvar este longínquo reino mágico. Uma pequena feiticeira volta a surgir dos escombros,do mundo negro...

O sol e as cores reaparecem ... Uma pequena feiticeira reúne tudo aquilo que de bom se mantém neste reino e resolve...dar luta a este cavaleiro negro!

Como terminará? A pequena feiticeira sabe que a luta será longa e desigual, mas não desistirá.

Lutará até ao limite das suas forças para que a justiça prevaleça!

Agora, amigos, nem eu, no mais intimo do meu ser saberei como e quando irá acabar esta "guerra", feita de pequenas/grandes batalhas...

Provavelmente dir-vos-ei à medida que a pequena feiticeira se for de gladiando com este cavaleiro de negro vestido!

Provavelmente...outros episódios se seguirão (estamos tipo novela... sim, senhor Caldeirão ... estamos a melhorar!!) mas... a ver vamos amigos!

3 comentários:

Maria Feliz disse...

Miga,

Se David venceu Golias, tudo é possível! E a pequena feiticeira é GRANDE!

Beijos

aprendiz de feitiçeira disse...

Miga,

Obrigada!

Beijos

Anónimo disse...

Por que será que muitos crentes cobrem-se de pejo quando têm de falar de Deus, em público?! É que são duplos: cristãos no templo, "pecadores" no mundo! Infelizmente sou assim...
Vem o intróito a propósito da história que quero contar:
No sertão brasileiro, moleque corre pelo terreiro segurando barbante. A manhã está cerrada por espessa cerração.
Caboclo, que passava, interroga-o:
- O que é que você está fazendo?!
- Seguro a pipa! ( papagaio)
- Não enxergo nada! - diz o caipira.
- Nem eu! - Concorda o molequinho,- mas quando puxo,sinto.
Também nós não vemos Deus, mas ao longo da vida sentimo-Lo nas amarguras e alegrias.Basta que Ele puxe o barbante.
Assim me despeço com um grande beijo. Até ao regresso de férias.